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MARIO KART DOUBLE DASH: o jogo que mudou minha visão sobre corridas nos videogames
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MARIO KART DOUBLE DASH: o jogo que mudou minha visão sobre corridas nos videogames

Primeiros contatos com o gênero: do VG3000 ao Mega Drive

Minha história com jogos de corrida começou bem cedo, nos anos 90, com meu querido VG3000 — um clone brasileiro do Atari que foi meu primeiro videogame. Lembro das horas gastas em Enduro, enfrentando o nascer e o pôr do sol enquanto desviava de carros na estrada, e de Pole Position, que me fazia imaginar uma Fórmula 1 pixelada, intensa e até desafiadora.

enduro e pole position

Já no Mega Drive, experimentei o Road Rash II, com suas corridas selvagens e insanas de motoqueiros com chutes, correntes e pauladas. Isso sem falar dos esbarrões. Apesar de divertidos, esses jogos nunca me prenderam de verdade. Outros clássicos do gênero como Super Mônaco GP, Need For Speed e Gran Turismo também passaram por mim sem deixar grandes marcas. Não era o tipo de jogo que me chamava atenção e por isso eu nunca comprei um desses títulos. As pouquíssimas vezes que joguei algum deles foi na locadora do meu amigo Wellinton. Eram os títulos que sobravam nas locadoras, quando os melhores já estavam alugados. Nessa época os gêneros de plataforma, briga de rua e luta já tinham minha preferência.

road rash super monaco GP

A curva inesperada: Mario Kart no GameCube

Foi só recentemente, ao adquirir um Nintendo GameCube, que tudo mudou. Um dos primeiros jogos que joguei foi Mario Kart: Double Dash!!, e para minha surpresa, ele me fisgou logo na primeira corrida. Achei a abertura do jogo muito chamativa, e ao jogar nada muito complicado. O jogo em si é muito divertido e até engraçado. Gosto muito da dupla Mário pilotando e Peach de ajudante. Quando ela cai do carro eu acho muito engraçado o gritinho dela.

A fórmula de Mario Kart mistura corrida com carisma, estratégia e um toque de caos. As pistas são criativas, os personagens são cativantes, e a jogabilidade com dois personagens no mesmo kart adiciona uma camada a mais de diversão. Era como se a corrida deixasse de ser apenas sobre velocidade — e passasse a ser sobre diversão.

O que achei legal foi que mesmo inexperiente no jogo e pegando a modalidade mais simples consegui completar a corrida participar da cerimônia de premiação. Hoje é difícil ligar o console e não jogar uma partida do jogo.

peach e mario

Um novo olhar sobre o gênero

Depois dessa experiência, passei a explorar outros jogos do gênero com um entusiasmo que eu nunca havia sentido. Ainda no GameCube, me aventurei no jogo Carros da Pixar e no mais recente Disney SpeedStorm, que estou jogando na Steam. E o mais curioso: agora tenho vontade real de jogar Forza Horizon que vi em algumas gameplays no X-BOX, revisitar o Super Mônaco GP no meu Mega Drive, com outros olhos, e até dar uma chance para Need For Speed e Gran Turismo no PlayStation 2, jogos que antes pareciam “sérios demais” pra mim.

A redescoberta do gênero me fez perceber que, às vezes, não é o jogo que está errado — talvez só não era o momento certo pra ele em minhas prioridades.

Redescobrindo o prazer de correr

Mário Kart me mostrou que corrida pode ser leve, divertida, e ainda assim desafiadora. Reacendeu algo que estava adormecido desde a infância: o prazer de correr, mesmo que virtualmente. Hoje, o ronco de um motor na tela já não é só barulho de fundo — é trilha sonora da minha infância reencontrada, um convite para acelerar memórias e viver novas experiências.

E você? Já teve algum jogo que mudou sua relação com um gênero inteiro? Compartilhe aí nos comentários — quem sabe a gente descobre mais pérolas escondidas na nossa própria coleção de memórias gamer.

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